domingo, 16 de abril de 2017

Planeta Terra

Sentia-se só, afinal nada mais existia para além dele, da ilha onde vivia, da sua casa e do sol. Poderiam existir mais algumas estrelas, meia dúzia de astros e uma ou outra galáxia, mas ninguém para além dele.
Ele queria inventar, criar, sair da caixa, neste caso, da ilha situada no meio da galáxia, apelidada por ele mesmo como “Vialáctea”.
Passava dia e noite dentro de casa, enfiado no escritório, que por razões de falta de espaço, ficava na garagem.
Queria fazer um mundo com as condições ideais, com as pessoas ideais, com o clima ideal, com as profissões ideais, com as casas ideais, com as decisões ideais, com o tamanho ideal, com tudo ideal.
O primeiro que construiu, e que, digo-vos já, era quase ideal, não resultou, porque, tendo em conta que estava próximo demais do sol, não era favorável às condições de vida, sendo o clima demasiado quente. Resumindo e concluindo, Mercúrio não resultou. Vénus, embora mais fresco, era muito seco, no sentido de que tinha demasiadas rochas.
O próximo,  Terra, esse sim era ideal.

                                          Aguieira, 22 de março de 2017

                                              Lucas Oliveira, turma A